sábado, 16 de outubro de 2010
Eu ainda estou de pé.
Sou um ser como qualquer outro no mundo. Mas me acho diferente. Não que eu me destaque. Mas tenho uma forma diferente de sentir as emoções, as dores. Claro eu rio, eu choro. Isso é tão normal. Tão constante. Mas quando eu rio, eu não rio dos outros, não debocho, posso até rir, uma ou duas vezes, mas o peso na consciência sempre surge depois do erro. Eu choro, mas quem não chora? Quando eu choro não é com intenção de chamar atenção, ou de fingimento. Não choro por raiva, nem por rancor. Choro para lavar minha alma, que até então sente dor. Quando as lágrimas caem, sinto um alivio, parece-me que o mundo não desmoronou como eu queria. Que ele ainda está de pé, como eu. Talvez como nós, como poucos. Mas o nosso tempo está limitado, não é como quando o juiz pede 5 minutos, e depois volta a partida de futebol até o fim do segundo tempo. Esse tempo já passou desde o instante que o mundo é mundo, desde o instante que paraíso sumiu. Desde que a escuridão se revelou, desde que as escolhas começaram a surgir. Temos pouco tempo, e isso não é novidade. Tínhamos tempo de sobra, pra dar e vender, mas ele todo foi desperdiçado. Demos atenção demais a coisas que nem sequer valiam a pena, aos artistas de cinema, ao cientistas com suas inovadoras pesquisas, aos lançamentos de eletroeletrônicos, aos grandes desfiles de modas, e mais coisas que não me vale a pena comentar neste momento.
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